Toque de avançar – Destino: Independência. Capa. Reprodução

Às vésperas dos 200 anos da proclamação da independência do Brasil, o jornalista e escritor Flávio Paiva publica “Toque de avançar – Destino: Independência” [Armazém da Cultura, 2020, 120 p.], em.que remonta a história brasileira se valendo, aqui e ali, das tintas da ficção.

Paiva parte do acontecimento histórico para investigar a origem do lugar onde nasceu, em 1959: o município de Independência, no Ceará.

Numa prosa que transforma referências bibliográficas, frutos de extensa pesquisa do autor, em relatos soprados à sombra de oiticicas. As aventuras têm o som do pife como trilha sonora – a parceria de Paiva com o compositor paulista Edvaldo Santana, filhos de nordestinos, na faixa homônima, trilha do livro, está disponível para audição nas plataformas de streaming.

Paiva transforma-se num herói sem nome, que, munido de seu instrumento musical, curiosidade e bravura, narra e participa dos feitos que levaram a adesões tardias à independência na região – além do Ceará, a história se passa também no Piauí e Maranhão.

As ilustrações de Válber Benevides, em acrílica aquarelada e nanquim sobre tela, são um espetáculo à parte, nesta obra multimídia em essência, que revela que a independência do Brasil foi um processo para além do grito de Dom Pedro às margens do Ipiranga, imortalizado no famoso quadro de Pedro Américo, fartamente reproduzido em livros escolares.