O especial de final de ano da TV Verdes Mares, exibido na noite de 23 de dezembro de 2022, teve como atração a vida e a obra do músico Tarcísio Sardinha (1964 – 2022). Participei desse programa na condição de amigo do artista por mais de quadro décadas, tempo em que fizemos várias parcerias e realizamos diversos projetos musicais.
Escolhi dez momentos especiais da nossa relação para esse momento de memória engrandecedora.

1982 – Tarcísio Sardinha era figurinha carimbada nos encontros ‘sem regras’ realizados na casa onde eu morava no Jacarecanga. Estavam sempre por lá, entre outras e outros: Falcão, Tarcísio Matos, Assis Silvino, Jorge Piero, Marcos Fonseca e Kátia Freitas.

1986 – Tarcísio Sardinha fez a direção musical do vídeo Luiz Assumpção (UFC / TVE) que teve música-tema composta por ele, Tarcísio Matos e por mim, com interpretação da Teti.

1988 – Tarcísio Sardinha e sua amada Diana Sena eram presenças constantes nos encontros com jornalistas e artistas que eu promovia na casa onde morei com o Valber Benevides, no Papicu. Na frequência, estavam, entre tantas e tantos: Geraldo Jesuino, Nara Vasconcelos, Concy e Cassundé, Moacir Maia, Ivonilo Praciano, Abidoral Jamacaru, Alcides Melo e Diogo Fontenelle.

1994 – Tarcísio Sardinha fez a direção musical do Rolimã, meu primeiro álbum, que contou com André Vidal, Aparecida Silvino, Armando Telles, Calé Alencar, Edmar Gonçalves, Eugênio Leandro, Eugenio Matos, Kátia Freitas, Marta Aurélia, Mona Gadelha, Olga Ribeiro, Paula Tesser, Ricardo Black, Tarcísio José de Lima e Valdo Aderaldo.

1996 e 1998 – Tarcísio Sardinha foi o responsável pela direção musical do Projeto Sexta com Arte / Sindicato dos Jornalistas (então presidido pelo Moacir Maia); projeto estruturado com base no conceito de Música Plural Brasileira que criei com o intuito de promover o respeito mútuo e potencializar a integração entre diferentes campos musicais.

1999 – Tarcísio Sardinha fez a direção musical do show Samba-le-lê, álbum dedicado ao meu filho Lucas, com voz de Olga Ribeiro e coro de crianças regido por Erwin Schrader, do qual participaram a Bárbara e o João, filhos do Sardinha.

2004 – Tarcísio Sardinha fez a direção musical da Missa Sanfonada que compus para os meus pais Toizinho e Socorro, realizada na Igreja das Irmãs Missionárias (Av. Rui Barbosa), com voz de Aparecida Silvino e sanfonas de Alves Nascimento e Adelson Viana.

2017 – Tarcísio Sardinha fez o arranjo da música Casa de Criança que compus para a primeira escola dos meus filhos Lucas e Artur; cantiga interpretada por sua filha Bárbara Sena. Na foto, feita pela Andréa, momento de ensaio no nosso apartamento no Meireles.

2018 – Tarcísio Sardinha dirigiu com Adelson Viana a gravação da música “Batuque Alvinegro” (Lucas Paiva / Artur Paiva / Flávio Paiva) que contou com Denilson Lopes na bateria e a voz de Marcos Lessa; todos torcedores do Ceará Sporting Club.

2022 – O corpo de Tarcísio Sardinha foi velado no Teatro São José, momento de encanto em que a perda virou passagem. Fotografei e escrevi a crônica “Tarcísio Sardinha e o som dos afetos” (O POVO, Vida&Arte, 27/04/2022).

E, para sublimar esse memorial, fica a imagem do reencontro Samba-le-lê, com João Henrique, Flávio Paiva, Joãozinho (neto do Sardinha), Bárbara Sena, Lucas Paiva e Andrea Pinheiro, após o emocionante show da Bárbara em homenagem ao pai, no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), em 15/12/2022, que teve como bis a nossa parceria Coco Verde.

Fontes:
https://online.fliphtml5.com/dcprc/ykov/#p=1
https://www.rivista.com.br/