Algumas das frases produzidas pelo Jornal

“Homem que é homem não leva indiretas para casa”
“Mais vale duas pedras no caminho do que uma na vesícula”
“Eleger: verbo transitivo direto”
“Mais vale dois galos voando do que um na testa”
“Quem oferece a outra face leva outro tapa”


Edições

  • Número 1 out/nov/dez 1982
  • Número 2 jan/fev/mar 1983
  • Número 3 abr/mai/jun 1983
  • Número 4 jul/ago/set 1983
  • Número 5 out/nov/dez 1983
  • Número 6 jan/fev/mar 1984
  • Número 7 abr/mai/jun 1984
  • Número 8 jul/ago/set 1984
  • Número 9 out/nov/dez 1984
  • Número 10 jan/fev/mar 1985
  • Número 11 abr/ma/jun 1985

Repercussão

O Povo Online – Caderno Vida & Arte – 20/10/2008
Crônica

Vontade nenhuma de escrever
Crise! não aquela que derruba bolsas. mas a crise de eu que não sabe sobre o que escrever

Por Jorge Pieiro
Especial para OPOVO

(…)
“O tempo não é mais o mesmo. Não adianta tentar fazer Eu lembrar-se (…) do bode ébrio amarrado ao poste da esquina, acinte a todas as sociedades protetoras dos animais, que resgatava a lembrança do Leocádio, o bode mascote de Um jornal sem regras, ou a outra do batido Ioiô, cotó e mumificado”
(…)

Fonte: http://www.opovo.com.br/vidaearte/829536.html


NordesteWeb – 21/01/2004 
Notícias (Entrevista com o cantor cearense Falcão pelo Jornal O POVO) 

Leruaite Bregoriano
Ethel de Paula (da Redação)

Falcão debutou. No Natal de 2003, completou 15 anos de carreira desde que passeou com um peru na Volta da Jurema, posando para a foto do cartaz de divulgação do show de estréia. Em entrevista, do alto de seus 1,93m, o menestrel de Pereiro confessa que frescou e admite que todo castigo pra corno é pouco.

(…)
O POVO – Em Fortaleza você acaba cursando a Faculdade de Arquitetura. A relação com música começa na Faculdade?
(…) Mas só me tornei amigo e parceiro do Tarcísio Matos durante a faculdade, quando surgiu o jornal Sem Regras. Lá também tivemos um embrião de um grupo musical, o Bufo-Bufo. Era eu, Tarcísio, Flávio ( Paiva ), Eugênia Nogueira, Marta Aurélia, Assis Silvino, Marcos Fonseca, hoje músico da Orquestra Sinfônica da Paraíba. Fizemos muita música, nos reuníamos uma vez por semana, publicamos no jornal Sem Regras as letras e depois que fiquei famoso gravei algumas. Um tipo de música irreverente, mas que não era besteirol, tinha consciência política e tal. O Tarcísio e o Flávio queriam fazer uma coisa mais séria, mais MPB e eu esculhambava tudo, mudava a letra deles e os coitados entravam na onda.
(…)

Fonte: http://www.nordesteweb.com/not01_0304/ne_not_20040121d.htm


The poetry
University of Colorado, Boulder – USA 
Department of Spanish and Portuguese

ALERTA GERAL
Comunicamos aos nossos leitores e anunciantes que o Sr. Antonio Delfim Netto (foto) não tem nenhum vínculo com Um Jornal Sem Regras, estando desautorizado a encaminhar qualquer tipo de negócio em nosso nome. Avisamos também que este jornal não assume qualquer responsabilidade pelos compromissos assumidos pelo indivíduo acima citado.

Atenciosamente

Falcão e Flávio d’Independência
Mentores


Jornal O POVO, Fortaleza-Ce, 06/05/1985

Manezinho do Bispo
Por Lauro Ruiz de Andrade

“O jornalista Gilmar de Carvalho, no Jornal Sem Regras, órgão de um grupo de estudantes e poetas ‘prafrentex’, como se diz na gíria corrente, publicou um ensaio muito lúcido sobre a personalidade do folhetista Manoel Cavalcante Rocha, o famoso Manezinho do Bispo” (…)


Forum Des Revues ( Repertoire – Guide) – 1985 
300 Revues de Culture Poétique présentées et analysées

UM JORNAL SEM REGRAS

Pour une alternative de communication
*Texto publicado no Jornal Sem Regras com o título original “Por uma alternativa de comunicação” e traduzido e publicado em francês pelo Forum Des Revues

Au Brésil, comme dans tous les pays dirigés par des militaires, les communications sont surveil-lées et il est très difficile d’informer particulièrment la jeunesse.

Notre publication présente une culture alternative sans prétention journalistique ou littéraire

Nous effectuons la plupart des travaux nous-mêmes, le tirage est de 3000 exemplaires.
La diffusion se fait de la main à la main, par la poste, à l’université, dans les cinémas d’art, dans les bars, dans les théâtres, dans les librairies, auprès des artistes.

Financement par quelques publicités, par les lecteurs-bienfaiteurs, par un appui financier de l’Université de Cearà.

Difficultés avec notre matériel d’impression (importé), rupture avec la “dynastie” artistico-littéraire brésilienne, absence de support publicité, lien délicat avec les auteurs, incompréhension des “traditionalistes”.

Notre grande satisfaction est de correspondre avec les autres, ce qui donne l’impression de vivre dans un monde moins barbare et une société plus juste.

Notre lectorat est en majorité universitaire: étudiants ou professeurs.

La politique culturelle brésilienne est liée à la politique partisane des classes sociales. Nous rencontrons des politiciens qui occupent des places dans les Académies Nationales, immortalisés par leur force politique, ou encore, des impressarios qui déterminent “l’art” d’après la couleur de l’argent. Art, culture et dignité n’existent pas au Brésil.
Une démocratisation de la culture est nécessaire par des “rencontres culturelles” ou des “universitésde rues” ou autres projets favorisant la diffusion. Que les associations culturellessoient du côté de la vraie culture, de l’art pour la vie. Et viendra l’espoir…

(Flávio d’Independência) [Flávio Paiva]

Présentation du sommaire
Nº 9 (mars 1985)
Trimestriel. Offset. Format 22×31 cm, Couverture illustrée. 20 pages. Prix 500 Cruzeiros.

Leriado com o leitor. Psicose se te parece. Um justo não perdoa. A música do suriname. Millôr. I festival de música independente. Pela vez dos marginais. Conto. Poèmes et dessins d’humour.

Flávio d’Independência. Falcão. Eugénia Nogueira. Tarcísio Matos. Mauro Pamplona. Judicael Sudario de Pinho. Cláudio Feldman. Tristaàm T. Zoura. José Loureiro. Moacir Maia. Lauro de Oliveira Lima. Adísia Sá. (journalistes et collaborateurs).


Suplemento Infanto-Juvenil do Jornal da Bahia – Salvador, 1º/07/1984

Um Jornal Sem Regras
Todo mundo sabe que as regras são necessárias para que o tráfego de automóveis funcione, para que se saiba como proceder num concurso, para que o direito e a justiça sejam respeitados. O que seria de um jogo de futebol se não houvesse regras? Cada jogador faria o que quisesse e acabaria valendo gol de mão. E se não houvesse regras de conduta em sociedade? Um indivíduo poderia sentar-se à mesa completamente sujo, tirar o prato de outro e jogar resíduos no chão. Outros fariam a mesma coisa num restaurante e na hora de pagar a conta… Bem, já perdceberam o caos, não?

Organização, cosmos, exige ordem e ordem exige regras.

Desorganização, caos, é exatamente a falta de ordem e de regras.

Há, no entanto, um exemplo de como a falta de regras não prejudica e, ao contrário, traz benefícios. Um grupo, não sabemos se de professores ou de estudantes, talvez de ambos, da Universidade Federal do Ceará, vem publicando o que chamam Um Jornal Sem Regras – este o título. Consideram essa publicação, que não tem nada definido, um “laboratório independente”.

Vocês, jovens leitores do JOBA, possivelmente se interessarão e poderão escrever para a terra de José de Alencar, pedindo um exemplar ou uma assinatura. Quanto custa? Como pedir? Não há regras para isso. Uma carta, um cartão postal, escrevendo atrás de um papel de chocolate… Quanto mais forem criativos, melhor será recebido o pedido. Quanto ao preço, fica a critério. Podem mandar selos de correio, um cheque, uma caixa de chocolates, fitas do Senhor do Bonfim, ou não mandar coisa alguma. Tudo vai depender do que disserem na carta, no cartão etc… etc… Não há regras para escrever, para desenhar, nem para receber o jornal. E se não há regras, não há censura. O pedido pode ser feito para a Rua Jaime Vasconcelos, 457/804 – Varjota – 60.000 – Fortaleza – Ceará.

Nesta página, estamos publicando alguns recortes de textos e ilustrações de Um Jornal Sem Regras, inclusive seu curioso “expediente”, que eles chamam “efeituação”.

É bom que os jovens baianos saibam que há muito Brasil fora do eixo Rio-São Paulo. Um Brasil inteligente, culto, gostoso e bonito. (…)